Vou me dar o direito de curtir e dividir com todos o orgulho de ter participado pela primeira vez do Congresso Nacional do Partido Comunista do Brasil, o 12º na história do partido mais antigo do país.
Quando entrei no PCdoB, em 2005, tive a oportunidade de acompanhar o processo (muito timidamente) do 11º Congresso do PCdoB no estado do Pará, mas ainda sem muita noção do que tudo aquilo representava para todos que junto comigo participavam das plenárias e conferências, nem do que representaria pra mim. Tomei coragem pra fazer uma intervenção na conferência municipal, derrubei o microfone, ainda assim fui eleita pra compor o comitê municipal. Nunca vou esquecer. Me contive na conferência estadual pra não correr o risco de provocar mais nenhum acidente.
Isso já faz quatro anos, passei por congressos da UNE, UBES, UJS, UBM, conferências e convenções eleitorais, componho a comissão política de Belém e o comitê estadual, presido a UJS/Belém e componho a executiva estadual, vivi muitas coisas, aprendo mais cada dia. Às vezes até parece que eu já fiz bastante coisas, mas isso não é absolutamente nada diante da história do partido e dos militantes que fizeram e fazem parte da construção dessa história e da minha formação como militante.
Foi assim que fui me dando conta, conhecendo, aprendendo e me descobrindo cada vez mais comunista, no sentido mais bonito da palavra, defendendo, lutando e nunca deixando de acreditar que uma nova sociedade pode se estabelecer, com novas relações, novos paradigmas e direitos para todos e todas.
No meio disso tudo, de repente, não mais que de repente, meu nome estava na proposta de delegados ao 12º Congresso do meu partido e eu fui eleita. Que felicidade, quanto orgulho e quanta honra. O Congresso que aprovou o novo programa socialista do Partido, que apresentou um programa nacional de desenvolvimento com perspectiva socialista para o país, que elegeu uma direção com mais mulheres e mais jovens, me deu a oportunidade de reafirmar à mim mesma a importância do caminho que escolhi, de conhecer mulheres, homens, estudantes, operários, trabalhadores, artistas de todo Brasil que, assim como eu, acreditam na transformação da sociedade através do socialismo.
Maíra Nogueira
Justa homenagem a Raphael Martinelli
Há um dia
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