Em uma sociedade competitiva e individualizada como a nossa, fazer a opção de abrir mão de um projeto pessoal para se dedicar a uma construção coletiva não é algo muito típico. Infelizmente, poucos são os que tem a oportunidade de ser humanizado pela escola da cooperação, trabalho coletivo e solidariedade que é cumprir uma tarefa em um Partido Comunista. Fazer isso abrindo mão, inclusive, da cidade natal, do lugar em que sabemos onde recorrer em caso de apuros é ainda mais desafiador. Quando fazemos isso, não contamos com mais com familiares ou nossos amigos de infância, mas somente com outros que estão na mesma condição que nós. Laços fortes nascem de experiências como essa e valorizamos ainda mais os laços que já existiam, familiares ou não, compreendendo a importância que tem cada um deles.
"A União Nacional dos Estudantes é uma máquina de moer gente.", dizem os que já passaram por essa experiência, pois além de atravessar as adversidades que são inerentes ao trabalho coletivo, mal estruturado, e com a responsabilidade que é coordenar a única entidade que conflui todo o idealismo dos mais de 11 milhões de estudantes universitários brasileiros, temos que reafirmar a todo o momento a convicção de que estamos no caminho certo, e que só organizados fazemos a diferença.
Em Brasília, por dois anos, descobrindo a real dimensão do nosso país, com os olhos voltados para o “continente” amazônico, espero descobrir os muitos que existem por aí, assim como eu, com a disposição de transformar a realidade brasileira. Estamos maturando mais uma geração de combatentes que não tombarão diante de qualquer dificuldade. Viva a UNE, viva aos estudantes e trabalhadores organizados por todo o Brasil!
Marcela Rodrigues
Justa homenagem a Raphael Martinelli
Há um dia
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