quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

imperioso reafirmar que o Partido (PCdoB) é a perfiguração da sociedade que almejamos, cujos valores de solidariedade, da igualdade e da não opressão entre pessoas e povos, das relações humanas elevadas e dignas predominem em contraposição ao paradigma da sociedade capitalista e burguesa, de exploração, opressão e degradação humana."

Trecho da resolução aprovada pela 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Por que na chuva de São Paulo só morre pobre???

Quem fez essa instigante pergunta foi Paulo Henrique Amorim, em seu site Conversa Afiada ( leia o texto na íntegra: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=26187), e eu fiquei pensando no "porque". A resposta não é difícil, mas não demorou pra também me perguntar por que o jovens são a maioria nos presídios? Por que as mulheres, desempenhando as mesmas tarefas que os homens, ganham menos? Por que a elite tem cor e a cor é branca? Por que a criminalidade tem cor e é preta? E tantos outros questionamento de situações, realidades, injustiças, incertezas.

Eu poderia escrever infinitas linhas sobre tudo isso e muitas outras coisas que estão debaixo do nosso nariz, mas é tão difícil enxegar. Poderia consultar teóricos, sociólogos, cientistas políticos, estudiosos de várias áreas que devem ter infinitas respostas pra tudo isso. Poderia (ou deveria?) escrever porque eu acredito que isso tudo tem um fundo que se chama capitalismo.

Só que depois eu achei melhor escrever sobre a possibilidade de transformar isso. Aí eu também poderia recorrer a outras opiniões, também teóricos, estudiosos, e no final falar do eu penso sobre a transformação (coisa que quem lê o blog já sabe), o socialismo.

No fim eu vou é falar de tudo, sem falar de nada, ou falar de nada falando de tudo. Na verdade é mais uma saudável provocação, só a primeira porque tá só começando o ano.... e lá vem as eleições.

Independente das diferenças, injustiças, realidades, classe social, grau de instrução ou qualquer outras coisa que nos torne cidadãos diferentes, existe uma coisa que parece tão insignificante, mas que está para todos, o direito de votar. Cada um tem compromisso consigo mesmo e com o que acredita. Não é fácil começar a trasformar e eu acredito ser essa uma grande oportunidade, julgar e escolher. E como no centralismo democrático, a maioria decide, e a maioria é o povo.

Podemos mudar ou...... Por que na chuva de São Paulo só morre pobre mesmo?


Maíra Nogueira

domingo, 24 de janeiro de 2010

AME E DÊ VEXAME


"W. Reich queria acabar com o desprezo no mundo, a doença humana, a resignação neurótica que resulta de um mau desenvolvimento da libido e da afetividade. A doença para ele, começa quando a pessoa para de pulsar, de sentir, de viver intensamente. Para Reich, "Viver é pulsar, é rir e chorar, é sofrer e ter prazer, é sobretudo estar aqui e gozar até o fim o privilégio de ser, ser consigo mesmo e com os outros, de um modo pleno, profundo, ativo, real. Ser feliz é viver fora da farsa, da inautêntica existência que nos transforma em atores de nossa própria vida. Ser feliz é simplesmente deixar o palco para viver de verdade"". Regina Schopke

Opiniões que seduzem, mas que traduzem muito mais do que nós podemos compreender. Nós, donos, proprietários das pessoas e dos sentimentos, presos a dogmas, a formatos, como se o amor fosse uma caixinha padronizada onde todos precisassem entrar e ficar lá dentro, quietinhos, pra não quebrá-la, ainda que o que nós sintamos seja maior ou diferente do formato dela, ficando apertadinhos sem nos mexer, ou pequeno demais pra responder a tantas exigências que são feitas pra preencher a caixinha.

Recebi por e-mail essa citação de Regina Schopke, que traz um pouco da opinião de Wilhelm Reich, um polêmico psicanalista freudiano que, em resumo, fala de como o sistema (no caso, o capitalismo) interfere nas relações, na afetividade e na sexualidade. Não vou aqui entrar em pormenores porque não sou estudiosa nem dele, nem de freud, nem da Schopke, quero mesmo é falar da essência.

Há uns dois ou três anos atrás descobri um livro, que é bem mais que um livro, eu costumo dizer que é quase uma filosofia de vida para quem pratica. Reli pelo menos 2 outras vezes, sempre quando senti que estava começando a querer colocar meus sentimentos de novo na caixinha. Apesar de ter grande discordância com algumas coisas que são defendidas, ajuda a me encontrar comigo mesma e com o que tenho de mais verdadeiro com relação aos meus sentimentos e minhas relações - por isso tatuei nas costas uma frase que conheci no livro Je T´Aime D´Amour (Te Amo de Amor), pra tentar nunca esquecer que o amor e todos os outros sentimentos precisam ser vividos em sua essência.

Quando li a citação lembrei imediatamente do livro, que indico pra todos, provoca nosso egoísmo, a possessividade e nos instiga a viver os sentimentos com liberdade e intensamente. O autor, Roberto Freire (o psicanalista, não o pseudo-político), representa toda essa "teoria" em uma música de Gilberto Gil, da qual transcrevo um trecho: "O seu amor, ame-o e deixe-o livre para amar".

Chega de suspense, o nome do livro é AME E DÊ VEXAME, quem puder e quiser, delicie-se.

Maíra

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Revolução, revolucionários e a questão da mulher

Tô voltando não só para os momentos no mundo virtual, mas também para os meus intensos momentos de militância agora na Secretaria Estadual de Mulheres do Partido. Muita coisa nova, muitas oportunidades de aprender e muito trabalho pela frente.

Aos poucos é possível as ver tantas possibilidades que atuar nessa tarefa me ofere e oferece ao partido também, apesar da dificuldade que é discutir as questões referentes às mulheres, ao machismo, à participação política e eleitoral, à opressão do sistema e outras questões também relacioanadas. Muitas mulheres mesmo evitam entrar em debates como esse para não serem taxadas de feministas, histéricas e um monte de outras bobagens que todos nós também reproduzimos (homens e mulheres), inclusive eu logo que comecei a militar.

Mas o tempo e a vivência já me mostraram algumas coisas, coisas que me fizeram compreender que eu, como militante e responsável por essa frente, posso ajudar a mudar opiniões preconceituosas e ignorantes - ignorantes no sentido de ignorar o que está colocado de forma muito sutil, subjetiva, nesta sociedade capitalista e opressora onde vivemos, comunistas ou não.

Ontem, em uma reunião com dois camaradas, também secretários de frentes de massa, Maílson (movimentos sociais) e Érico (sindical e vice-presidente do comitê estadual), em meio à um debate sobre as frentes no processo eleitoral o Érico disse mais ou menos assim "...o nosso partido é feito de mulheres fortes, mulheres de garra, de coragem. Mulheres que enfrentam a vida de frente..." e eu fiquei pensando nisso o resto do dia, pensando nas contradições entre o que eu acabei de escrever, o que o Érico disse, a nossa prática como militante comunista, entre o que são as mulheres e o que a sociedade diz serem as mulheres.

Conclusão: Eu acreditava que era um desafio meu transformar as discussões a respeito do emancipacionismo feminino no PCdoB, o olhar sobre a Secretaria da Mulher, e todas essas questões que já citei, mas já não acho mais que o desafio é meu e sim do que chamamos coletivo partidário, de todos e todas que batem no peito e dizem: "EU SOU COMUNISTA!"

Um partido revolucionário precisa de ação revolucionária, opinião revolucionária, pensamentos revolucionários e isso quem constrói são militantes volucionários.

Não existe revolução sem revolucionários.


Maíra Nogueira

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

...o retorno!!!!!!!!!!!

Depois de um período de profunda preguiça e ociosidade do mundo virtual(diga-se de passagem que eu vivi intensamente) chegou a hora de botar os dedinhos pra trabalhar e voltar para os momentos "MARIA".

Não tenho muita certeza, mas acho que est com saudade....

Maíra

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UM MUNDO DE MARIAS

Jurema

Jurema é engraçada
Faz poema e não fala de amor

Jurema, tão alegre, parece amarga

Só faz poesia xingando a humanidade
Falando de decadência, medocridade e afins

Jurema é gozada

Vive romantismo e escreve realismo

Ê Jurema...!

Olha que a vida dá o troco, heim!?



Luana Bonone
(Jornalista, Diretora de Formação da UJS, Mineira, Capixaba, Paulista, Camarada, Piriguete, Parceira, Linda)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ano novo, tarefa nova...

Eu não imaginava sair tão cedo da UJS. Quando nos dedicamos na atuação na frente de juventude criamos laços que parecem impossíveis de desatar, acho que isso se deve à todo o furor, ao tesão, a ansiedade e a certeza de que podemos fazer tudo ao mesmo tempo, mudar o mundo e continuar sonhando, não que depois que se passa dessa fase (e eu ainda vivo isso) se perca a euforia, mas descobrimos os limites, algumas verdades, enfim.... realmente os laços não se desatam quando acreditamos na transformação, ao contrário, eles se tranformam, às vezes viram nós, ou crescem e são capazes de envolver não apenas esses desejos ardentes da juventude, são laços ainda mais bonitos, pois se dão com o que acreditamos.

Meu laço com a juventude não se tornou nó, também não se desfez, é um belo laço, talvez não o mais belo de todos, mas com certeza é forte, bonito, sincero, cheio de dedicação, carinho, construído com momentos e pessoas, coisas boas e não tão boas, que não sairão nunca das minhas lembranças e serão serem minhas maiores lições no infinito caminho que trilhamos na costrução do socialismo.

Todas essas coisas levaram ao que eu considero uma grande conquista e uma oportunidade (mesmo que alguns não achem), ainda que eu nunca tivesse desejado. Há duas semanas eu venho começando a pensar o trabalho na Secretaria Estadual de Mulheres, com o mesmo carinho e dedicação do que quando comecei na UJS, com muita ajuda e paciência das camaradas que já estão aí há muitos e muitos anos, as expectativas são as melhores, mas essa é outra história.

O que eu quero é dizer a todos e todas, sem citar nomes pra não correr riscos de esquecer alguém, que fizeram parte desses meus alguns poucos anos na UJS que foram especiais e me fizeram o que sou hoje, como dizem: "A UJS é uma escola do socialismo."

Há meses meu coração está apertado e hoje, mais que nunca. Mas como a nossa luta está muuuuuuuito longe de terminar e ela é da juventude, das mulheres, de homens, de negros, índios, brancos, trabalhadores, de todo o povo, os caminhos são os mesmos, estamos todos juntos, é só olhar para o lado.

Viva o Socialismo!!
Viva a União da Juventude Socialista!!


Maíra Nogueira

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz 510!!!!!

A importância do salário mínimo de 510 reais

Em 1995 o salário mínimo era suficiente para comprar apenas uma cesta básica; desde então seu poder de compra mais que dobrou e, em 1º de janeiro de 2010 poderá adquirir 2,17 cestas básicas.

Também designada como "ração essencial mínima", esta uma noção inclui o conjunto mínimo de gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza usados por uma família média durante um mês. Isto significa que, em 1995 - primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso - o salário mínimo mal dava para comer. Seu poder de compra evoluiu pouco naqueles anos - aumentou apenas 38% até 2003, primeiro ano do governo de Luís Inácio Lula da Silva, quando voltou a crescer mais rapidamente. Passou de 1,93 cestas básicas em 2007 e, agora,chega a 2,17, acumulando um aumento de 57% desde 2003.

É importante observar estes números neste final de ano, quando o governo federal está prestes a anunciar o novo valor do salário mínimo, que será de 510 reais, o que significa um ganho real (acima da inflação) de cerca de 6% em relação ao valor atual, de 465 reais.

É o maior valor desde 1986, época do Plano Cruzado, do congelamento dos preços e do abono salarial decretado pelo então presidente José Sarney. E significa a continuidade na recuperação da renda do trabalho, pleito histórico do movimento sindical brasileiro.

O novo valor, diz o DIEESE, vai beneficiar 46 milhões de trabalhadores; 18,5 milhões são aposentados, 14 milhões são empregados, 8,5 milhões trabalham por conta própria e 4,7 milhões são trabalhadores domésticos. Vai despejar, ao longo de 2010, mais de 26 bilhões de reais na economia, e também os governos vão ganhar com isso pois quase 8 bilhões desse valor corresponde ao aumento na arrecadação tributária.

A oposição neoliberal que, quando esteve à frente do governo fez de tudo para diminuir o valor da força de trabalho usando para isso a ferramenta do arrocho salarial, já começa a chiar, proclamando que o governo dá um aumento real (inclusive arredondando para cima o valor que, pela legislação em vigor, seria de 507 reais) em ano eleitoral para favorecer sua eventual candidata, Dilma Rousseff. É uma reação esperada por parte daqueles que sempre governaram apenas para o capital, para garantir seus lucros elevados.

Mas a recuperação da renda do trabalhador tem outra dimensão, além daquela que é evidente, ou seja, a melhoria da condição de vida da grande massa da população que vive de rendimentos que, embora crescendo, continuam muito baixas. Esta dimensão foi demonstrada ao longo de 2009 quando a manutenção do consumo popular manteve o mercado interno aquecido e foi um fator determinante para o Brasil superar a grave crise econômica que eclodiu nos EUA no final de 2008 e de lá contaminou o mundo. A política acertada de manter a valorização do salário mínimo, acordada entre o governo Lula e as centrais sindicais, fortaleceu nossa economia e criou as condições para que o Brasil passasse rápido pela crise e voltasse a crescer.

O valor do mínimo que passa a vigorar em janeiro significa um ganho real de 53% nos oito anos percorridos desde abril de 2002; se a política de reajuste for mantida nos próximos dez anos, o DIEESE calcula que o salário mínimo vai chegar a 850 reais (66% a mais do que hoje) em 2020. É uma possibilidade concreta que está no horizonte, indicando a perspectiva de maior fortalecimento da economia brasileira e de grande melhoria para os trabalhadores. Por isso essa política precisa ser mantida, e aperfeiçoada incluindo os rendimentos dos aposentados, que ainda não são completamente beneficiados por esses ganhos.

Editorial Vermelho de 23 de Dezembro de 2009 - 12h15