Todos os dias, sem excessão, a primeira coisa que me dou conta quando acordo é que sou mãe; seja porque minha filha está do meu lado (e é impossível não me dar conta), seja porque ela não está e fica aquele vazio. Sábado, dia 12, a Mariana, completa seis anos, e é em momentos como esse que eu compreendo o que, de fato, é ser mãe.
A rotina não permite que vivamos intensamente, todos os dias, o sentimento materno, mas de repente, um gesto, uma palavra, um estalo nos faz perceber o que é isso. Foram momentos assim, como quando eu peguei o exame e confirmei uma gravidez inesperada; quando ela nasceu e ali no hospital, naquele momento, eramos só eu e ela; quando ela bebê caiu da cama e eu tive que levá-la pra faculdade porque ela só queria MÃE, no dia da apresentação de um trabalho; a primeira noite de natal junto com ela; quando ela disse "mãe" pela primeira vez; quando começou a andar; na primeira crise de asma; a escola; as perguntas (que muitas vezes me deixaram confusas); as primeiras reuniões da UJS com ela engatinhando na mesa e hoje com ela dando opinião no meu ouvido sobre as discussões; o colo dela que tantas vezes me acolheu; nossos passeios; nossas aventuras; as festinhas do dia das mães, do natal, na escola; as primeiras leituras e escritas; os segredos; os ensinamentos e aprendizados; sorrisos e lágrimas; alegrias e dores que me foram proporcionados.
Lembro bem da primeira festa do dia das mães, quando ela tinha dois anos. Ela faltou quase duas semanas de aula por uma crise de asma, não pode ensaiar com os colegas, só voltou pra escola dois dias antes da apresentação, mas ainda assim fomos, nós duas, pra festa. Ela era do marternalzinho e seria a primeira turma a se apresentar. Acho que foi uma das maiores emoções que senti, minha filha já não era um bebê, cantava e dançava a música como se tivesse ensaiado vigorosamente e eu, impactada, só conseguia chorar, chorar (como nesse momento), quando terminou ela veio me consolar sem entender porque eu chorava e a música eu canto até hoje pra ela, lembrando daquele dia e de todos os outros.
Pra relembrar e fazer uma homenagem à Mari, como ela faz pramim todos os dias, quando eu chego em casa, abro o guarda-roupa e encontro desenhos e bilhetes que ela fez durante o dia, a música que um dia ela cantou pra mim e que hoje vou cantar pra ela:
Grão de Amor (Arnaldo Antunes)
Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar
Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar
Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar
Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir
Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir
A cama agora está tão fria
Ainda sinto seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Láia laia
Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração
A rotina não permite que vivamos intensamente, todos os dias, o sentimento materno, mas de repente, um gesto, uma palavra, um estalo nos faz perceber o que é isso. Foram momentos assim, como quando eu peguei o exame e confirmei uma gravidez inesperada; quando ela nasceu e ali no hospital, naquele momento, eramos só eu e ela; quando ela bebê caiu da cama e eu tive que levá-la pra faculdade porque ela só queria MÃE, no dia da apresentação de um trabalho; a primeira noite de natal junto com ela; quando ela disse "mãe" pela primeira vez; quando começou a andar; na primeira crise de asma; a escola; as perguntas (que muitas vezes me deixaram confusas); as primeiras reuniões da UJS com ela engatinhando na mesa e hoje com ela dando opinião no meu ouvido sobre as discussões; o colo dela que tantas vezes me acolheu; nossos passeios; nossas aventuras; as festinhas do dia das mães, do natal, na escola; as primeiras leituras e escritas; os segredos; os ensinamentos e aprendizados; sorrisos e lágrimas; alegrias e dores que me foram proporcionados.
Lembro bem da primeira festa do dia das mães, quando ela tinha dois anos. Ela faltou quase duas semanas de aula por uma crise de asma, não pode ensaiar com os colegas, só voltou pra escola dois dias antes da apresentação, mas ainda assim fomos, nós duas, pra festa. Ela era do marternalzinho e seria a primeira turma a se apresentar. Acho que foi uma das maiores emoções que senti, minha filha já não era um bebê, cantava e dançava a música como se tivesse ensaiado vigorosamente e eu, impactada, só conseguia chorar, chorar (como nesse momento), quando terminou ela veio me consolar sem entender porque eu chorava e a música eu canto até hoje pra ela, lembrando daquele dia e de todos os outros.
Pra relembrar e fazer uma homenagem à Mari, como ela faz pramim todos os dias, quando eu chego em casa, abro o guarda-roupa e encontro desenhos e bilhetes que ela fez durante o dia, a música que um dia ela cantou pra mim e que hoje vou cantar pra ela:
Grão de Amor (Arnaldo Antunes)
Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar
Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar
Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar
Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir
Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir
A cama agora está tão fria
Ainda sinto seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Láia laia
Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração
Parabéns pela Mari..
ResponderExcluirEla é um encanto.
Obrigada!
ResponderExcluir:))))))