Em determinado momento, descobri nas palavras escritas a melhor forma de dizer algumas coisas, às vezes opiniões, reflexões, estudos, sentimento (porque não?). Isso já tem alguns anos, acho que quando parei de ser obrigada a escrever redações no colégio, e talvez por isso, essa obrigação, responsabilidade em sempre ter que opinar sobre tudo e qualquer coisa, eu hesitei tanto em ter um blog. Faço quando tenho vontade e tempo, e quando queria publicava em outros espaços, inclusive blogs de outras pessoas, em sites, grupos de e-mail, mas na maioria das vezes escrevia, escrevia, escrevia e depois apagava tudo. Já tinha colocado pra fora o que passava na minha cabeça, organizadamente ou não, nem sempre queria dividir isso.
Com o tempo a vontade de escrever mais aumentou e de dividir o que escrevo também, os blogs mais que se popularizaram, mas eu continuava sem querer ter a obrigação de escrever e, ao mesmo tempo, não fazer alguma coisa de qualquer jeito. Foi quando tive mais uma das minha idéias brilhantes, dividir o blog com alguém, mas precisaria ser alguém que não tivesse opiniões nem tão semelhantes, nem tão diferente das minhas, alguém que tivesse uma certa sintonia comigo em vários aspectos, aí lembrei da Marcelinha. Amiga, camarada (que eu filiei na ujs), militante, mulher, bem relacionada, chega de elogios. Mandei uma mensagem pro celular dela (ligar pra celular de SP, nem mortinha!!!) dizendo que tinha uma proposta pra fazer, nem bem amanheceu o dia seguinte ela começou a dar toques no meu celular, liguei e fiz a proposta, ela nem curtiu muito, mas quando expliquei todo o “conceito” por blog ela se animou e topou.
A Debi fez o layout, afinal eu não queria qualquer coisa, precisava mostrar opinião à primeira vista, dois dias depois, prontinho! Aqui estamos, em uma nova ponte aérea BEL-BSB, ou onde quer que estejamos.
Maíra Nogueira
Justa homenagem a Raphael Martinelli
Há um dia