segunda-feira, 30 de novembro de 2009

UNE responde à nova tentativa do Estadão de criminalizar entidade



A principal manchete do jornal O Estado de São Paulo deste domingo acusa: “UNE é suspeita de fraudar convênios”. Em toda a página de abertura do caderno, o jornal julga: “a UNE fraudou convênios, forjou orçamentos”. Categoriza-nos de “aliados do governo” e afirma: “a organização estudantil toma dinheiro público, mas não diz nem quanto gastou nem como gastou”. A afirmação “UNE é suspeita” não veio de nenhum órgão de polícia ou de controle de contas públicas, é uma afirmação de autoria e responsabilidade de O Estado de São Paulo. A principal acusação é de um orçamento de uma empresa não localizada, que aparece numa previsão orçamentária. De resto, outro orçamento de uma empresa que funciona num pequeno sobrado e especulação sobre convênios que ainda não tiveram suas contas aprovadas.O fato é que a UNE nunca contratou nenhuma das duas empresas, apenas fez orçamentos, ao contrário do que a matéria, de modo ladino, faz crer. Sobre os convênios, o jornal preferiu ignorar as dezenas de convênios públicos executados pela UNE nos últimos anos – todos absolutamente regulares. Ignora também os pedidos de prorrogação de prazos feitos aos convênios citados, procedimento usual e que não tem nada de ilícito.A diferença no peso dado a duas notícias na capa desta mesma edição evidencia mais ainda suas opções. Com muito menor destaque, denuncia os vídeos e gravações de um escândalo de compra de parlamentares, operadas pelo próprio governador do Distrito Federal. Apenas a penúltima página do caderno trata do escândalo, imperceptível sob a propaganda de um grande anunciante do jornal. Uma pequena fotografia mostra os R$100 mil que foram anexados ao inquérito divulgado pela Polícia Federal. A matéria, em tom jornalístico, não acusa. Pelo contrário, diz que os vídeos, “de acordo com a investigação”, revelam um suposto esquema de corrupção. Talvez o jornalista não tenha assistido às gravações... Há pelo menos 17 anos este jornal não oferecia à União Nacional dos Estudantes uma manchete desta proporção. A última acontecera no Fora Collor. A hipocrisia da sua linha editorial precisa ser repudiada. Não apenas como esforço de defender a UNE das calúnias, mas para desmascarar os seus reais objetivos.O principal deles é a desqualificação e criminalização dos movimentos sociais. O MST enfrenta um destes momentos de ataque, seja através da CPI recriada no Congresso pelos ruralistas, seja através da sistemática campanha que procura taxá-lo como “criminoso” para a opinião pública. As Centrais Sindicais sofrem a coerção econômica do patronato, policialesca do sistema judicial, e a injúria de parte da grande mídia. A UNE, que acaba de construir o congresso mais representativo dos seus 72 anos de vida, foi tratada como governista, vendida, aparelhada e desvirtuada de seus objetivos pela maioria das grandes rádios, jornais e revistas.A grande imprensa oscila entre atacar os movimentos sociais ou ignorá-los - como fez recentemente com a marcha de mais de 50 mil trabalhadores reunidos em Brasília reivindicando a redução da jornada de trabalho. Este jornal, por exemplo, não achou o fato importante a ponto de noticiá-lo.As organizações populares e democráticas devem ter energia para reagir prontamente. É fundamental que o façam de maneira unificada, fortalecendo-se diante dos interesses poderosos que enfrentam. Que fique claro: o setor dominante tenta impedir as profundas transformações que estas organizações reivindicam e que são tão necessárias à emancipação do povo brasileiro e à conquista da real democracia no país.A manchete do Estadão evidencia também a maneira como a grande mídia trata o problema da corrupção no Brasil: como instrumento de luta política por seus objetivos e com descarado cinismo. Seja pela insistente campanha para desconstruir no imaginário popular a crença na política e no Estado, ou pelas escolhas que faz ao divulgar com destaque desproporcional irregularidades que envolvem aliados ou adversários, criando ou abafando crises na opinião pública. Na verdade, pouco fazem para enfrentar os verdadeiros problemas da apropriação privada daquilo que é público. A UNE, pelo contrário, sempre levantou a bandeira da democracia. Alguns de nossos mais valorosos dirigentes deram a vida lutando por ela. E afirmamos com veemência: a UNE trata com absoluta responsabilidade os recursos públicos que opera e os aplica para atividades de grande interesse da sociedade. Às vésperas da primeira Conferência Nacional de Comunicação, o movimento social deve intensificar a luta pelos seus direitos. O enfrentamento à despótica posição da mídia brasileira é um dos grandes desafios que o país terá na construção da democracia que queremos. O movimento social brasileiro vive um momento de grande unidade, que pode ser visto pela sólida relação entre as Centrais Sindicais e pelo fortalecimento da Coordenação dos Movimentos Sociais. Não à toa, a UNE foi mais uma vez atacada. “Saibam que estamos preparados para mais editoriais, artigos, comentários e tendenciosas ‘notícias’”, afirmei em artigo publicado no dia 24 de julho, apenas cinco dias após a realização do nosso 51º Congresso. Os meses que se passaram não tornaram a afirmação anacrônica. Pois que todos saibam que a UNE não transigirá um milímetro de suas convicções e disposição de luta por um Brasil desenvolvido e justo.
Por Augusto Chagas, presidente da UNE

Criminalização dos movimentos sociais - UNE é a bola da vez!

Não demorou muito para a turma do PIG (Partido da Imprensa Golpista) colocar a União Nacional dos Estudantes - UNE - nas páginas criminosas de seus jornais e sites, em mais uma tentativa de desmoralizar e crimizalizar as entidades dos movimentos sociais. Como já era de se esperar, o PIG abre espaço em seus noticiários com afirmações e acusações sobre a utilização de recursos de convênios assinados entre a UNE e o Governo Federal.


Sem muita criatividade para criar situações como esta, mais uma vez o que se vê são informações distorcidas, quando a GLobo edita a entrevista com o presidente da UNE, Augusto Chagas, e trata a relação entre o Governo Federal e as organizações dos Movimentos Sociais, entre elas a UNE, como sendo de troca e acusa de governista o posicionamento das entidades.

Minha opinião, extremamente particular, é que a palavra que mais se aproxima das tentativas incessantes de desgastes é mediocridade. Mediocridade dos meios de comunicação de massa, tentativas de mediocrizar a relação do povo com um governo aberto e democrático, tentativa de mediocrizar a postura de respeito de um presidente com que faz a luta em defesa dos direitos de todos e todas, tentativa de mediocrizar os avanços que a sociedade brasileira conquistou com a eleição de Lula. Se hoje temos a democracia consolidade no Brasil, diálogo entre sociedade e poder público, mecanismos de controle social, recursos públicos financiando projetos sociais de empresas privadas ou entidades, temos motivos pra nos orgulhar, e a grande mídia (que também tem projetos e eventos financiados com dinheiro público) por mais golpista que seja, precisa reconhecer tais avanços, fazendo o papel que lhe é de direito, o de trazer informações para o grande público e não criar manchetes com o objetivo de desgastar e desqualificar as ações do governo e dos movimentos sociais.

Maíra Nogueira

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Abaixo o verão!

Postado por Bruno Medina em 24 de novembro de 2009 às 07:27

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“Voltamos à ditadura!” foi a frase que, inevitavelmente, tomou de assalto minha atenção na tarde de ontem. Estava escrita no cartaz segurado pela moça, integrante de um grupo de manifestantes que protestava em Porto Alegre. O grito de ordem que remete ao célebre e quase homônimo “abaixo à ditadura” – outrora proibido e síntese dos anseios de cinco gerações de brasileiros – ressurgiu tímido, talvez encabulado pela relevância que já teve no passado.

Não sei se sou só eu, mas tenho a impressão de haver uma espécie de consenso velado a proteger qualquer expressão que envolva o termo “ditadura”; possivelmente um merecido respeito aos muitos que se sacrificaram para um dia podermos proferi-lo sem qualquer receio. Portanto não é todo dia que se lê “abaixo à ditadura” escrito numa blusa, num muro ou na capa de uma revista, porque, bem sabemos, essas não são palavras a serem ditas em vão.

Influenciado pela consciência da importância da frase no penoso processo de conformação do Brasil que conhecemos hoje, parei na hora o que estava fazendo para me inteirar do protesto. Quis entender, claro, de que maneira o fantasma da ditadura voltara a nos ameaçar, sobretudo após duas décadas de suposta democracia. Quem sabe eu não poderia prestar minha voz à causa? Sim, porque tenho esse blog, que mal ou bem é lido por diversas pessoas propensas a também se solidarizarem com o apelo, certo?

Se preciso fosse, criaríamos comunidades, virtuais e reais, faríamos carreatas, comícios em praça pública, enfim, espalharíamos a notícia, alertaríamos aos desavisados, para que todos pudéssemos nos unir contra o grande inimigo. “Eles são poderosos mas não podem nos calar!”, pensei, pouco antes de compreender a que se devia exatamente a reivindicação: ao que parece, a Anvisa proibiu a utilização de câmaras de bronzeamento artificial no país, visto que o procedimento estético estaria relacionado à maior incidência de melanomas entre seus usuários frequentes.

A partir da perspectiva de atravessar a estação mais quente do ano sem ostentar o tom de pele desejado, a turma aficionada pelo bronzeado perfeito resolveu mobilizar-se e botar a boca no trombone. Imaginem o impropério de, em pleno século XXI, voltarem aos dias de esteiras posicionadas estrategicamente sobre a laje, ou de ter o corpo besuntado por aqueles óleos de origem duvidosa, vendidos em saquinhos? Já pensou o retrocesso?

Some-se a isso a tentativa de impedir a comercialização de cocos nas areias da orla do Rio e não duvido alguém levantar suspeitas quanto à existência de um complô para sabotar o verão de 2010. E o que vêm depois? Cobrar pelo acesso à praia?? É justo por temer o acirramento das restrições que declaro meu apoio incondicional aos “sem bronze”. Porque, fazer passeatas cobrando explicações sobre os escândalos do senado, a iminente crise no setor energético ou o incremento dos índices de violência em nossas cidades é dar murro em ponta de faca. Tudo complicado demais.

Já garantir o bronze ideal e salvar o verão, ainda vale a briga, né?


PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG "INSTANTE POSTERIOR", DE BRUNO MEDINA.

http://colunas.g1.com.br/instanteposterior/

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O socialismo não sai da ordem do dia! viva a UJS!

O movimento estudantil, assim como diversos segmentos do movimento social do Brasil, patinou no último período. Com a mudança de conjuntura e a reorganização da ofensiva antiimperialista, no nosso país e na América Latina, mudar a pauta que vinha da defensiva neoliberal não foi tarefa fácil. O oportunismo ganha força em momentos como esse. Oportunismo que reinou na crise política em 2005, que atacou os movimentos durante todo esse período, que diante da expansão do ensino público vem em sua forma mais conservadora esbravejar que maior acesso à universidade é diretamente proporcional à queda de qualidade de ensino. Mas crise também é oportunidade, como não cansamos de ouvir. Envergonhem-se os que foram contra e peçam desculpas aos milhares de cotistas que hoje contribuem para que a nossa formulação nas universidades seja tão diversa quanto é o Brasil. Estamos assistindo a queda da hegemonia branco-burguesa no nosso modo de pensar. Envergonhem-se diante dos milhares de jovens que estudam em federais graças a abertura de mais vagas, diante dos jovens de periferia que mudaram sua cultura e que hoje enxergam a possibilidade de pensar em escolher o que querem fazer para ganhar a vida. De fato, o que transforma a sociedade é somente uma ruptura, vinda da organização dos trabalhadores e entender uma formação classista de forma estratégica para a formação da consciência de classe da população brasileira é algo que não tem preço. A União da Juventude Socialista, em todo o Brasil, vem tendo sucessivas vitórias em Diretórios Centrais das públicas, o que mostra que o socialismo continua na ordem do dia, e que o oportunismo vem mais uma vez sendo desmascarado. Pode chegar que a casa é grande e é toda nossa! Não vamos parar por aqui, nosso comprimisso é com o socialismo!

Marcela Rodrigues

Mais que palavras...

Já falei aqui do prazer de descobrir o meu imenso prazer em escrever, mesmo parecendo redundante, é exatamente isso.

Mas existem coisas que por mais palavras que conheçamos, usemos ou até mesmo criemos, não podemos traduzir. Sentimentos e sensações são sempre difíceis de descrever, especialmente aqueles que não costumamos vivenciar com frequência. Muitas vezes tentamos traduzir com as poucas e simplórias letras e palavras que conhecemos como seres humanos, mas sempre falta aguma coisa que fica guardado. Nesses momentos apenas escrever é sempre mais difícil, já que o que não conseguimos falar, podemos demonstrar nas expressões, no toque, no olhar, na voz.

Acho que esse poderia até ser o nome deste blo, "Mais que palavras...", pois quando eu decidi encarar isso com a marcelinha, queria trazer pra cá mais do que as pessoas podem ler, quis poder trazer uma infinidade de pensamentos, sentimentos, ideologia, emoções, mesmo sabendo que nem sempre conseguiria.

A internet te permite muitas coisas até então inimagináveis. Podemos falar com uma infinidade de pessoas, expressar diversas opiniões, seja lá quais sejam, mas espero que nunca substitua a conversa, o olhar, o carinho, o toque. Amor, carinho, gratidão, felicidade, paz, sinceridade nunca serão demonstrados aqui mais do que com essas palavras que acabei de escrever, simplesmente escritas.

Bom, o que eu quero dizer com tudo isso é que meus pensamentos, sentimentos, opiniões, desejos, são sempre mais do que está escrito e maiores do que eu posso colocar aqui ou em qualquer lugar que as pessoas possam ler.


Maíra

terça-feira, 24 de novembro de 2009

“Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta”

Em uma sociedade competitiva e individualizada como a nossa, fazer a opção de abrir mão de um projeto pessoal para se dedicar a uma construção coletiva não é algo muito típico. Infelizmente, poucos são os que tem a oportunidade de ser humanizado pela escola da cooperação, trabalho coletivo e solidariedade que é cumprir uma tarefa em um Partido Comunista. Fazer isso abrindo mão, inclusive, da cidade natal, do lugar em que sabemos onde recorrer em caso de apuros é ainda mais desafiador. Quando fazemos isso, não contamos com mais com familiares ou nossos amigos de infância, mas somente com outros que estão na mesma condição que nós. Laços fortes nascem de experiências como essa e valorizamos ainda mais os laços que já existiam, familiares ou não, compreendendo a importância que tem cada um deles.

"A União Nacional dos Estudantes é uma máquina de moer gente.", dizem os que já passaram por essa experiência, pois além de atravessar as adversidades que são inerentes ao trabalho coletivo, mal estruturado, e com a responsabilidade que é coordenar a única entidade que conflui todo o idealismo dos mais de 11 milhões de estudantes universitários brasileiros, temos que reafirmar a todo o momento a convicção de que estamos no caminho certo, e que só organizados fazemos a diferença.

Em Brasília, por dois anos, descobrindo a real dimensão do nosso país, com os olhos voltados para o “continente” amazônico, espero descobrir os muitos que existem por aí, assim como eu, com a disposição de transformar a realidade brasileira. Estamos maturando mais uma geração de combatentes que não tombarão diante de qualquer dificuldade. Viva a UNE, viva aos estudantes e trabalhadores organizados por todo o Brasil!


Marcela Rodrigues

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Serra cai, Dilma sobe e FHC já era!!!!

CNT/Sensus: Serra cai para 31,8%; Dilma tem 21,7% e Ciro, 17,5%

Caiu, mais do que nunca, a vantagem do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República de 2010. De acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira (23), José Serra aparece com 31,8% das intenções de voto na pesquisa estimulada, contra 21,7% da ministra Dilma. Em terceiro lugar aparece Ciro Gomes (PSB), com 17,5%, seguido de Marina Silva, com 5,9%.
Segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, nas pesquisas de primeiro turno realizadas no ano passado o índice favorável a José Serra oscilava de 45 a 49%. "Foram 15 pontos de queda ao longo de um ano". Em um cenário sem Ciro, o tucano segue na liderança, com 40,5% das intenções de voto, contra 23,5% de Dilma Rousseff. Em setembro deste ano, a pesquisa apontava 40,1% e 19,9%, respectivamente.

Considerando-se Aécio Neves como o candidato do PSDB, a ministra Dilma leva vantagem, com 27,9% das intenções de voto, contra 20,7% do tucano e 10,4% de Marina Silva. Na pesquisa anterior, os percentuais foram de 25,6% para Dilma, 19,5% para Aécio e 11,2% para Marina Silva.

A pesquisa também fez levantamentos para o segundo turno. A disputa entre Serra e Dilma dá vantagem ao primeiro, com 46,8% das intenções de voto, contra 28,2% da ministra. Em setembro, os percentuais eram de 49,9% e 25%, respectivamente. Com Aécio na disputa, Dilma vence com 36,6% contra 27,9% do governador de Minas Gerais. O levantamento anterior mostrava Dilma com 35,8% contra 26% de Aécio.


Na pesquisa espontânea, em que não há indicação de candidatos, Serra aparece com 8,7% contra 5,8% de Dilma. Em primeiro lugar ainda aparece, absoluto, o presidente Lula, com 18,1% das intenções de voto, apesar de não disputar as eleições do ano que vem.

Em terceiro lugar na pesquisa espontânea está o tucano Aécio Neves, que disputa a indicação do partido com Serra. Ele soma 4,2% das intenções de voto, á frente de Ciro Gomes, com 2,6%, Heloísa Helena, com 1,4% e Marina Silva, com 0,7%.

Rejeição a FHC

Para o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), a queda resulta, em parte, da rejeição ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoia José Serra. "O Serra cai muito fortemente em função do apoio do Fernando Henrique. Está clara a rejeição fortíssima do ex-presidente".

A pesquisa divulgada nesta segunda avaliou a capacidade de transferência de votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique nas eleições do ano que vem. O índice dos que não votariam em um candidato apoiado pelo atual presidente da República baixou de 20,2% em setembro para 16% em novembro. Os que afirmaram que só conhecendo o candidato poderiam fazer uma avaliação passaram de 24,6% para 27,4%.

Os percentuais dos que só votariam em um candidato apoiado por Lula mantiveram-se estáveis, passando de 20,8% para 20,1%, enquanto os que responderam que poderiam votar em um candidato com o apoio do atual presidente passaram de 31,4% para 31,6%.

A pesquisa também considerou, pela primeira vez, um cenário de transferência de votos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, apontando que 49,3% não votariam em um candidato apoiado pelo tucano. Outros 14,2% disseram que poderiam votar em um candidato apoiado por FHC e 27% responderam que só conhecendo o candidato poderiam opinar. Apenas 3% afirmaram que o candidato apoiado pelo ex-presidente seria o único em que votariam.

Na avaliação do presidente da CNT, Aécio e Dilma devem crescer nas intenções de voto. "Dilma tem mais votos masculinos do que femininos, assim como o Aécio. E o voto masculino, na reta de chegada, acaba puxando o voto feminino. Se o Aécio continuar no páreo, vai crescer", disse Clésio Andrade, destacando ainda o caráter "agregador" de Aécio como outra vantagem em relação a Serra.

Da Redação, com informações da Folha Online


FONTE: Portal Vermelho

PCdoB/Belém elege Comissão Política e Secretariado

Depois de enfrentar uma missão impossível em Marabá e quase trocar o meu namorado lindo por uma urna de madeira a quem eu fiz companhia um dia inteiro sem trocar um afago sequer, saí do terminal rodoviário pro Sindicato dos bancários, onde o Comitê Municipal do Partido Comunista da capital paraense se reuniu pra discutir perspectivas e os desafios do Partido nos próximos dois anos e eleger a nova comissão política e o secretariado que conduzirá a militância comunista neste período.

Na primeira e uma das mais importantes reuniões que este coletivo terá, os dirigentes eleitos na última Conferência Municipal, ponturam questões em torno da organização interna, organismos de base e coletivos das frentes, além da estruturação partidária, fortalecimento do sistema de comunicação e maior atenção para a formação dos militantes. Também foi discutido com muita ênfase a necessidade do Partido e o movimento social de Belém se posicionarem como uma oposição consequente em relação à Prefeitura, denunciando as irregularidades, crimes e autoritarismo da atual administração municipal. Outro ponto de grande relevância foram as eleições do ano que vem. O PCdoB busca a composição de chapa própria para Deputado Estadual e para tanto o esforço do CM/Belém é essencial, tanto na apresentação de nomes de possíveis candidatos, quanto na compreensão da importância de nossa participação na batalha do ano que vem, para o avanço de um projeto de desenvolvimento mais democrático e com participação de todos e todas, no estado do Pará.

Pra fechar com "chave de ouro", foram eleitos os novos responsáveis pelas Secretarias estruturantes e de massa do Comitê (com excessão da secretaria de mulheres, movimentos sociais e juventude, que estão em processo de estruturação), além da nova comissão política municipal, que passou de 11 para 13 membros. A novidade são a criação de uma secretaria de relações institucionais e políticas públicas e o desmembramento da pasta de movimentos sociais, com a criação de uma Secretaria de Mov. Comunitário.

COMISSÃO POLÍTICA
Leila Márcia Santos - Presidenta
Mário Hesket - Vice-presidente
Neco Panzera - Sec. Organização
Augusto Cleybe - Sec. Finanças
Alan Pereira - Sec. de Comunicação
Alan Frick - Sec. Relações Institucionais e Políticas Públicas
Michel Sodré - Sec. Formação
Roberdan Carvalho - Sec. Movimento Comunitário
Lia Menezes (mov. mulheres/UBM)
Paulo Maia (mov. comunitário/Comissão Organização)
Maíra Nogueira (juventude/mulheres)
Graça Antunes (comunitário/mulheres)
Antônio Carlos Júnior (mov. pessoas com deficiência)

Os demais eleitos para tarefas são:
Jorge Elias - Sec. Sindical
Alexandre - Responsável por questões jurídicas


Boa sorte pra todos nós!!!

Maíra Nogueira

Igualdade racial segundo as Organizações Globo

Mesmo com atraso considerável (estava em Marabá flertando com uma urna de votação), não poderia deixar de manifestar a respeito do capítulo da novela "Viver a Vida", que foi ao ar na terça-feira. O reproduzo um pequeno artigo que circulou na última semana em grupos de e-mail e que expressa muito bem o sentimento de indignação/lamentação/revolta que tive quando assisti a novela no dia 17/11, de autoria de Rebeca Duarte.

A Consciência Branca da Globo

Não havia data melhor. Em plena semana da Consciência Negra, a teledramaturgia global reafirma, mais uma vez, a pura reprodução de imagens, palavras e ideais racistas em horário nobre.
Ao elencar a atriz negra Thaís Araújo para protagonista de sua novela das nove, a TV Globo, através de seu funcionário Manoel Carlos, parecia querer responder ao Estatuto da Igualdade Racial idealizado pelo movimento negro que não seria necessário estabelecer cotas para atrizes e atores negros; bem, parece não ter sido à toa que justamente no momento de uma decisão histórica quanto ao conteúdo do referido Estatuto, a Globo tenha lançado ao ar duas novelas com protagonistas negras, atrizes que inclusive têm uma postura racial condizente às suas trajetórias, como são Thaís Araújo e Camila Pitanga. Nas entrelinhas, previa-se uma forjada justificativa à sociedade das "desnecessárias" cotas raciais para os meios de comunicação, já que este espaço vem sendo ocupado pelo núcleo negro da Globo. Convenhamos, uma jogada de mestre; assim, evita-se o "mal maior" para a Consciência Branca do comando global, que é obedecer a lei e fazer cumprir os direitos da pessoa, da população e dos povos negros.
Pois então que nesta semana, no capítulo que foi ao ar na noite do 17 de novembro, com precisão cirúrgica o autor desenhou a cena mais representativa possível da ópera racista contra o verdadeiro protagonismo negro. A suposta protagonista da novela, a personagem de Helena, após ser retirada de seu núcleo familiar negro para transitar exclusivamente num núcleo branco e assim ser sujeita a traições e humilhações, é posta de joelhos diante de uma de suas antagonistas brancas - já que, para uma negra, não basta uma só antagonista, devendo vir elas em número de três: a amante do marido, a filha mimada e infantilizada do marido e a ex-mulher do marido. Não apenas de joelhos, deve pedir perdão de cabeça baixa; não apenas de cabeça baixa, sob o olhar duro e inflexível de sua então dominadora; não apenas isso, como se já não fosse o bastante, deve pedir perdão e ter por resposta uma bofetada no rosto. Para finalizar a cena, a personagem desabafa com uma das melhores amigas que "devia ser assim".
A idéia de protagonista negra, na Globo, enfim foi definida claramente. Uma heroína que, se inicialmente surgia diante de um drama familiar, afirmando um núcleo negro protagonista, como âncora, marco e raiz, veio sendo reduzida dramaturgicamente a pobre vítima de suas três antagonistas brancas, tendo estas enfim recebido mais espaço de visibilidade que a suposta protagonista. O papel, de central, tornou-se periférico, apoio para a virada de jogo das outras atrizes, que passam a receber os aplausos da população e das "críticas" noveleiras de plantão, prontas para limar a atriz negra por seu papel "sem graça".
Ou talvez, pensa o autor que pode salvar o papel de Helena pondo-a no lugar em que acha pertencer à mulher negra. Agora sim, a Globo assinou embaixo de suas verdadeiras posturas ideológicas - mais diretamente, de seu racismo.

Rebeca Oliveira Duarte
Advogada e Cientista Política do Observatório Negro

terça-feira, 17 de novembro de 2009

AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA - CHAPA 2 no DCE/UEPA

Concentração total! Contagem regressiva!Quinta-feira, dia 19/11, é a eleição do Diretório Central dos Estudantes da UEPA, entidade estudantil que contribuiu decisivamente para o avanço na democracia dentro da Universidade, participou decisivamente de conquistas importantes para os estudantes (tais como o RU/CCSE, voto paritário pra reitor, etc), esteve presente nos debates e mobilizações no início das discussões sobre a 1/2 intermunicipal, mas que no último ano se tornou entidade de fachada (ou fechada), palanque do discurso vazio e despolitizado do "contra tudo e contra todos", de quem não tem compromisso com lutas, nem com os estudantes, nem com a educação de qualidade. Uma turminha que mal chegando à direção do DCE mudou o discurso e esqueceu suas bandeiras de luta (se é que as tinham). É essa turminha que aparece de um lado querendo se manter, uma gestão falida, como nunca se viu na história da Universidade do Estado do Pará.

Mas também tem aqueles que não são contra nada, nem são a favor, nem sabem onde estão ou o que querem. Uma galera "legalzinha", que não mostra a que veio, muito menos porque veio. Fazem o discurso fácil do pseudo-apartidarismo, com muita estrutura (leia-se dinheiro) e nada mais.

Bom, quem tem fome tem pressa e tem lado também. O lado de quem precisa de assistência estudatil pra se manter na universidade. De quem precisa de mais vagas no Ensino Sueprior, vagas gratuitas e com ensino de qualidade.Universidades públicas. O lado de quem tem discurso e tem proposta. De quem sabe a que veio e pra onde vai. Esse é o meu lado. O lado dos estudantes que não aceitam cotas pra 1/2 intermunicipal, dos que querem mais que professor e sala de aula. Dos que querem educação, cultura, formação, oportunidade. É por isso que acredito que AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA no DCE/UEPA. Foi de estudantes que tem lado e tem pressa que se construiu um movimento pra colocar o DCE/UEPA no caminho do compromisso com a educaçãoe com os estudantes, da luta em defesa desses interesses, de direitos e de diálogo na Universidade.

Dia 19/11 - VOTE CHAPA 2 - NO DCE/UEPA

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ENTIDADES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS CONDENAM VIOLÊNCIA SEXISTA NA UNIBAM

Reproduzimos aqui a nota divulgada pela União Brasileira de Mulheres e o link do vídeo da manifestação da União Nacional dos Estudantes denunciando o machismo, o atraso e preconceito dos alunos e diretores da UNIBAN com a jovem estudante Geise Arruda.

A Uniban não pode ser um tribunal da Inquisição!

Uma cena digna de um filme de horror aconteceu na Uniban de São Bernardo do Campo. A aluna Geisy Arruda, de 20 anos, foi hostilizada e perseguida por cerca de 700 alunos nesta mesma universidade por usar um vestido considerado curto por uma turba que se achou no direito de xingar, tocar, fotografar e filmar a em nome da “moral e dos bons costumes. A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta.

Os 700 alunos da Uniban expressaram publicamente sua concepção machista de que as mulheres não têm desejo próprio nem podem se destacar na multidão. Por isso se propunham a puni-la com o estupro para colocá-la “em seu lugar” e lembrar que sexo, para as mulheres, como diziam os pensadores medievais, deve ser um sofrimento imposto e nunca uma iniciativa ou um prazer. O horrível espetáculo lembrava a queima de bruxas e a inquisição na idade Média.

O mais chocante, no entanto, foi a atitude da Uniban, que se diz uma Universidade, um centro de educação: expulsou a vítima considerando-a culpada por ter “provocado” os colegas, o que, segundo ela, resultou “numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Mais uma vez, como no tempo dos assassinatos em “legítima defesa da honra”, a vítima é transformada em culpada, colocada no banco dos réus e exposta à execração pública. Que concepção educacional a Unibnm pretende defender?

Que poder é esse que as instituições e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Isto acontece porque A organização social de gênero no Brasil e no mundo atribui aos homens prerrogativas que lhes permitem ditar normas de conduta para as mulheres, assim como julgar a correção do cumprimento de suas ordens.

A União Brasileira de Mulheres – UBM vem a público protestar contra a expulsão da estudante Geisy Arruda, exige a punição dos culpados e a reintegração da aluna aos quadros da Uniban.

União Brasileira de Mulheres


ATO DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES
http://www.youtube.com/watch?v=Sx8ntFJAz4w

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE!

Vou me dar o direito de curtir e dividir com todos o orgulho de ter participado pela primeira vez do Congresso Nacional do Partido Comunista do Brasil, o 12º na história do partido mais antigo do país.

Quando entrei no PCdoB, em 2005, tive a oportunidade de acompanhar o processo (muito timidamente) do 11º Congresso do PCdoB no estado do Pará, mas ainda sem muita noção do que tudo aquilo representava para todos que junto comigo participavam das plenárias e conferências, nem do que representaria pra mim. Tomei coragem pra fazer uma intervenção na conferência municipal, derrubei o microfone, ainda assim fui eleita pra compor o comitê municipal. Nunca vou esquecer. Me contive na conferência estadual pra não correr o risco de provocar mais nenhum acidente.

Isso já faz quatro anos, passei por congressos da UNE, UBES, UJS, UBM, conferências e convenções eleitorais, componho a comissão política de Belém e o comitê estadual, presido a UJS/Belém e componho a executiva estadual, vivi muitas coisas, aprendo mais cada dia. Às vezes até parece que eu já fiz bastante coisas, mas isso não é absolutamente nada diante da história do partido e dos militantes que fizeram e fazem parte da construção dessa história e da minha formação como militante.

Foi assim que fui me dando conta, conhecendo, aprendendo e me descobrindo cada vez mais comunista, no sentido mais bonito da palavra, defendendo, lutando e nunca deixando de acreditar que uma nova sociedade pode se estabelecer, com novas relações, novos paradigmas e direitos para todos e todas.

No meio disso tudo, de repente, não mais que de repente, meu nome estava na proposta de delegados ao 12º Congresso do meu partido e eu fui eleita. Que felicidade, quanto orgulho e quanta honra. O Congresso que aprovou o novo programa socialista do Partido, que apresentou um programa nacional de desenvolvimento com perspectiva socialista para o país, que elegeu uma direção com mais mulheres e mais jovens, me deu a oportunidade de reafirmar à mim mesma a importância do caminho que escolhi, de conhecer mulheres, homens, estudantes, operários, trabalhadores, artistas de todo Brasil que, assim como eu, acreditam na transformação da sociedade através do socialismo.

Maíra Nogueira

terça-feira, 3 de novembro de 2009

"A cultura nunca morre. Quem faz a cultura é o povo."

As Marias gostariam de homenagear o homem/povo que se traduziu em cultura, Mestre Verequete, que faleceu hoje aos 93 anos.

Mestre Verequete, simboliza as raízes da cultura e do povo paraense. E para simbolizar essa figura, parafraseamo-no dizendo que "A cultura nunca morre. Quem faz a cultura é o povo."

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Mulher e Política - Propriedade dos homens

Sou comunista, milito em um partido comunista que compreende a emancipação da sociedade e a superação do sistema capitalista e suas características mais atrasadas como um processo longo, desafiador e revolucionário, tendo no sistema socialista a possibilidade de estabelecer novos valores, novas relações entre os seres humanos e um novo sistema produtivo. Mas não vou ser hipócrita e afirmar que mesmo nas relações partidárias conseguimos estabelecer esses novos valores e relações, afinal todos fomos educados, recebemos os valores, os ensinamentos de uma sociedade com bases capitalistas, e estamos profundamente ligados à todos os vícios desta sociedade, que vê pessoas como objetos de comércio, mercadorias, propriedade. Em A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO, Engels quase desenha a construção (ou descontrução) do papel da mulher desde tempos mais primitivos até a sociedade moderna, onde a mulher passa a ser mais uma propriedade do homem, intrumento de prazer, de reprodução (qualquer dia eu vou fazer algumas considerações a respeito do livro que eu e a marcela discutimos). Hoje, a opressão é mais sutil, inteligente até, para manter a mulher em uma condição de inferioridade, e eu escrevi isso tudo pra reproduzir uma postagem que demonstra claramente a sutileza - ou não - e destreza do machismo no século XXI. Diretamente do blog do Marcelo Coelho, da Folha de São Paulo (hummmmm, coincidência????):

18/08/2009
Lina Vieira, Dilma Rousseff

Imperdível, neste momento, o depoimento de Lina Vieira ao Senado Federal. Tenho dúvidas quanto ao impacto real que poderá causar na credibilidade de Dilma Rousseff. Mas do ponto de vista simbólico, é impressionante o contraste entre a feminilidade de Lina Vieira e a dureza de Dilma. Um bom marqueteiro teria de levar em conta o artigo de Danuza Leão, na “Folha” deste domingo. Dilma dá medo. Não penso nas qualidades que ela poderia ter, sem dúvida notáveis, como presidente do Brasil. Mas é curioso ver as diferentes formas de identidade feminina que começam a entrar em jogo na disputa eleitoral. Marina Silva, Heloísa Helena, Dilma Rousseff: que mulheres são essas?
O grande problema de uma mulher combativa é o de não parecer histérica. Dilma vence esse teste com total segurança. Entretanto, há algo de assustador na sua atitude; uma Thatcher de esquerda, será este o perfil de um próximo presidente do Brasil?
Interessante que Lula, nascido da luta sindical, seja atualmente um papai bonachão, conciliador e evasivo.
Nesse sentido, Dilma seria tanto a sucessora natural de Lula quanto uma espécie de antípoda.
Não me esqueço de sua brutalidade quando a indagaram sobre a construção de um novo aeroporto nos arredores de São Paulo. A promessa tinha sido feita. Os repórteres perguntavam: será em Jundiaí? será em Viracopos? Dilma engrossou: “se eu soubesse, não diria a vocês”. Mas ela sabia perfeitamente de uma coisa: nenhum novo aeroporto seria construído.
Dilma enfrenta a imprensa como um inimigo. Lula trata a imprensa como uma criança manipulável.
A feminilidade de Heloísa Helena é de outra ordem. A militância abafa sua identidade. Poderia ser atraente, se não se restringisse ao cabelo puxado, aos óculos, à camiseta branca.
Representa, na verdade, a mesma dureza que Dilma encarna, numa versão mais burguesa.
Por que, indago, não ser simplesmente uma mulher?
Marta Suplicy bem que tentou. Mas o botox e sua agressividade natural estragaram o poder que ela poderia ter.
Marina Silva tem, mesmo nos momentos de maior indignação, certa fragilidade na voz. Não é desejável sexualmente: mas verdadeira em seu corpo, em seu rosto, em sua pele.
Nenhum charme nasce de Marina Silva. De certo modo, é o negativo de Dilma Rousseff, cuja ausência de charme não passa despercebida a ninguém.
Resta Lina Vieira. Foi, afinal, massacrada no Senado por Romero Jucá, líder da base governista. Tornou-se frágil, delicada, do jeito que todo homem espera de uma mulher. Triste e bonito destino.

(PS: o papel de Aloisio Mercadante nessa sessão foi infame).

Escrito por Marcelo Coelho às 12h34


SIMPLES ASSIM!!!!!!